quinta-feira, 14 de junho de 2012

PEQUENA CONVERSA COM A PROFESSORA GUILLE
(texto con traducción para el castellano)


Nome: Guillermina Rebollar Sánchez
Idade: 50 anos
Formação: Professora de Educação Primária


Rose: Há quantos anos a Sra. trabalha nesta escola?
Guille: Há 25 anos.

R: Quais os pontos positivos e negativos e a Sra. encontra nesta escola?
G: PONTOS POSITIVOS: 
  • Sou uma professora que amo meu trabalho, o realizo com alegria e de maneira comprometida;
  • Nesta escola trabalhamos em colaboração com pais de família, docentes e alunos; Imperando a disposição, colaboração e boa harmonia;
  • O diretor da escola, Professor Luciano Vilchis é uma pessoa com muita experiência e capacidade para desempenhar seu trabalho, apoiando sempre os projetos e as inovações de trabalho.


PONTOS NEGATIVOS:
  •  A escola não conta com a tecnologia atual que o trabalho com as novas gerações requer.
  •  A maioria dos alunos vem de comunidades rurais e retiradas, e por isso não dispõem de tempo suficiente para realizar as atividades e necessitam fazer um esforço maior para aprender.

R: Como a Sra. vê a impostancia da arte na educação escolar?
G: É importante que as crianças pratiquem a arte para desnvolver suas capacidades e habilidades, e assim poderem se desenvolver integralmente dentro do seu entorno social.


R: Qual é a motivação que a Sra. encontra para ceder uma parte do tempo de suas aulas para que os artistas trabalhem com as crianças?
G: Os alunos se motivam quando conhecem gente de outros lugares, porque trazem outra forma de trabalhar os conteúdos programáticos e lhes chama muito a atenção a diversidade na maneira de falar e de vestir.

R: A Sra. tem percebido alguma diferença nas crianças depois que começaram a participar das aulas com os artistas? Quais?
G: Temos percebido que as diferentes atividades se realizam satisfatoriamente a medidas que criamos nossas próprias regras e as respeitamos. As crianças se sentem mais comprometidas com seus trabalhos escolares, mostrando uma compreensão maior dos conteúdos aplicados para o desenvolvimento contínuo da sua aprendizagem.
Os alunos estão mais independentes, mais expressivos, desinibidos. Mostram interesse maior nos trabalhos escolares e são mais organizados e atentos às aulas.

R: Que conselho a Sra. deixaria para os professores em relação à importância do trabalho criativo para as crianças?
G: Que permitam aos alunos ser livres e expressivos, não restringindo-os demasiadamente, pelo contrário, que apoiem suas potencialidades, habilidades, destrezas e conhecimentos.

R: A educação na América Latina sempre foi um problema. Que mudanças a Sra. acredita que sejam necessárias para que as escolas melhorem?
G: Criar na família a consciência de que a escola não é responsabilidade unicamente dos professores, que também é muito importante a participação dos pais das crianças na formação dos seus filhos.
O tempo da jornada escolar não é suficiente para trabalhar os conteúdos de uma boa formação cidadã; portanto sugiro que se amplie o horário escolar com devida remuneração econômica dos professores.



PEQUEÑA PLATICA CON LA MAESTRA GUILLE



Nombre: Guillermina Rebollar Sánchez
Edad: 50 años
Formación: Profra.  de Educación Primaria


R: Desde hace cuantos años usted trabaja en esta escuela?
G: Hace  25 años.

R: Cuáles los puntos positivos y negativos que usted encuentra en esa escuela?
G: PUNTOS  POSITIVOS:
  • Soy una Profra. que le gusta  su trabajo y lo hace con alegría y de manera comprometida;
  • En esta escuela trabajamos en colaboración con padres familia, docentes y alumnos; imperando la disposición, colaboración y la buena armonía;  
  •  El director de la escuela, Profr. Luciano Vilchis Vilchis es una persona con mucha experiencia y capacidad para desempeñar su trabajo, apoyando siempre a los proyectos y a las innovaciones de trabajo.

PUNTOS NEGATIVOS:
  • La escuela no cuenta con la tecnología actual para el trabajo que requieren las nuevas generaciones;
  • La mayoría del alumnado viene de comunidades rurales y retiradas; por lo que no disponen del tiempo suficiente para llevar a cabo las actividades y tienen que hacer su mayor esfuerzo para aprender.                                           

R: Que tal la importancia de la arte en la educación escolar? 
G: Es importante que los niños practiquen el arte para desarrollar sus capacidades y habilidades y así poderse desarrollar integralmente dentro de su entorno social.


R: Quales las motivaciones para ceder una parte del tiempo de sus clases para que los artistas trabajen con los niños?
G: Los alumnos se motivan cuando conocen gente de otra parte, porque traen otra forma de trabajar los contenidos programáticos y les llama mucho la atención su manera de hablar y de vestir.

R: Usted tiene percibido alguna diferencia en los niños después que comienzan a participar de las clases con los artistas? Quales?
G: Hemos aprendido que las diferentes actividades se hacen bien respetando las reglas que nosotros mismos hemos implementado. Los niños se sienten más comprometidos con sus trabajos escolares, mostrando mayor comprensión en las indicaciones que se dan para el desarrollo de su aprendizaje contínuo.
Los alumnos se han vuelto más independientes, más expresivos, inhibidos. Muestran mayor interés en los trabajos escolares y son más organizados y atentos a las clases.


R: Que consejo usted puede dejar para los maestros en relación a importância del trabajo creativo para los niños?
G: Que permitan a los alumnos ser libres y expresivos, no coartar sus derechos, por el contrario, apoyarlos a que desarrollen sus potencialidades, habilidades, destrezas y conocimientos.


R: La educación en América Latina ha sido siempre un problema. Que cambios usted cre que sean necesarios para que las escuelas mejoren?
G: Crear en los padres de familia la conciencia de que la escuela no es responsabilidad únicamente de los maestros, sino que es muy importante también la participación de los padres de familia en la formación de sus hijos, inculcando valores y predicarlos con el ejemplo.
El tiempo que se ofrece a la jornada laboral no es suficiente para trabajar los contenidos de una buena formación ciudadana; por lo tanto sugiero que se amplié el horario laborable con la debida remuneración económica de los maestros.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Primeira semana de trabalho com as crianças
(al final, traducción del texto para el castellano)




O Projeto Eros y Ananke - Bailando en las sombras estava composto de exploração dos movimentos do corpo através de jogos de dança, descoberta do trabalho com a sombra, concepção do espaço tridimensional e unidimensional, e finalização do processo com um trabalho artístico para ser apresentado publicamente, criado em conjunto com as crianças com cenas  elaboradas a partir de sua experiência. Por ser um trabalho complexo, propus em meu projeto que se misturassem crianças de 7 a 11 anos, pois assim, o processo se daria em colaboração dos maiores ajudando os menores a entender a abstração da imagem da sombra. Trabalhar com sombra é algo bastante complexo e exige que o sujeito conceba a imagem em duas dimensões ao mesmo tempo (horizontal e vertical), esse trabalho em dança é ainda mais difícil, principalmente se a idéia está em envolver todo o corpo e não somente partes.
As crianças do Proyecto Chamaco, são crianças que estudam na única escola primária de Amanalco de Becerra e se faz pela parceria de La Granja Centro de Artes com duas professoras da escola que cedem tempo de suas aulas curriculares para que as crianças tenham aulas com artistas residentes em La Granja (todos os artistas residentes têm necessariamente que aplicar pelo menos uma sessão com as crianças do Proyecto Chamaco). Assim, são crianças que passam por diversas experiências artísticas, e estão tendo uma construção de personalidade muito rica através da arte. Eu trabalhei com as crianças da tarde turma da professora Guille, que contribuiu com o processo de forma espetacular, essa mulher  me surpreendeu muito pela maneira como é comprometida com o ato de educar e como compreende  a educação como algo que está além dos muros da escola. Pouquíssimos profissionais da rede pública possuem esta consciência.

Foi um susto para mim saber que teria 6 dias para fazer um trabalho que eu tinha planejado para um mês,  já sabia que seriam menos dias , mas não tinha idéia de que seriam apenas 6 dias e somente com crianças de 8 anos. Então fiz novamente todo o meu planejamento, buscando criar um caminho para que a experiência fosse interessante para mim e para eles, preservando parte das idéias iniciais, sem tornar o trabalho apenas uma montagem no qual eu desse todas as idéias prontas para as crianças e elas apenas executassem meus comandos.

No primeiro dia trabalhamos com jogos de reconhecimento do espaço externo e também corporal, frente, trás e lados, principalmente, pois sem essa consciência seria impossível realizar qualquer coisa, no entanto, pensei também que seria um teste  para ver se eu realmente poderia me arriscar em usar uma semana para aplicar exercícios de reconhecimento do trabalho e na outra juntar o material obtido e fazer a construção cênica. Dividi a aula em dois momentos um de aquecimento e reconhecimento do corpo, e outro de trabalho com as sombras. As crianças me surpreenderam muito, pois estavam muito dispostas, muito interessadas, se encantaram com o trabalho e suportaram trabalhar durante duas horas sem perder a atenção, um verdadeiro recorde para crianças de 8 anos. Tiveram uma tarefa de casa, trazer um objeto formado pela sombra do corpo, que me trouxeram lindamente na segunda aula.

Na segunda aula fizemos a mesma dinâmica: jogos de reconhecimento do corpo, mais trabalho com sombras ao final. Lhes propus trabalhar com movimentos levemente codificados para reconhecer como eles me observavam, sem corrigir as posturas e simplesmente tentar entender como concebiam a construção de imagens observadas nos corpo, pois assim eu ia encontrar melhores propostas para que eles me gerassem imagens interessantes.  Então lhes mostrei os movimentos, obviamente lhes dei as informações verbais sobre a execução dos movimentos dizendo de onde partiam, e me pus a observa-los. Depois me detive num movimento mais complexo que era o da “Garça” para ajuda-los a encontrar uma maneira mais fácil de observar o movimento e de pensa-lo no próprio corpo. A execução das tarefas demostravam que o entendimento das dimensões do espaço usadas para produzir sombra seria um pouco mais difícil de alcançar, então comecei a me preocupar, pois realmente era um nível de exigência muito grande querer que as crianças tivessem um entendimento instantâneo de algo tão complexo... Outra tarefa de casa, representar as letras dos nomes com o corpo.

No terceiro dia, levei vídeos de trabalhos de dança com sombras e de trabalhos que mostravam outras formas de ver o movimento dançado (uma dança feita de tecidos – pois, parte do trabalho se faria a partir de movimentos de objetos), para que pudesse acionar neles a questão do espaço e uma outra concepção de movimento em que a dança acontecesse também nos nossos olhos, na forma como vemos o movimento. Repeti alguns dos exercícios da aula anterior como aquecimento,  e já partimos para o trabalho com a sombra, então no trabalho com as letras se clarificou as noções de espaço, assim a idéia ganhava terreno para ser trabalhada e então poderíamos tirar daí o produto a ser apresentado.

Essa semana foi intensa, e me arrisquei deixando o trabalho mais solto para que as crianças pudessem experimentar seu corpo e tivessem o prazer da descoberta do trabalho com a sombra, sem isso meu trabalho seria inútil. Fiquei bem feliz com a fluência das nossas atividades, e mais feliz ainda por ter conseguido organizar  as experiências de forma mais objetivas (no lugar de ver o vídeo dos tecidos minha idéia era leva-los para observarmos as nuvens e os diferentes movimentos que elas fazem no seu percurso pelo céu, uma dança lenta e linda) e ter obtido uma resposta muito satisfatória por parte das crianças. Me preocupou inicialmente o fato de  ter tão pouco tempo, tinha medo de que a rapidez negligenciasse a experiência, afortunadamente isso não ocorreu.
Primera semana de trabajo com los niños


El Proyecto Eros y Ananke – Bailando en las sombras estaba compuesto de exploración de los movimientos del cuerpo mediante juegos de danza, descubierta del trabajo con la sombra, concepción del espacio tridimensional y unidimensional, y finalización del proceso con un trabajo artístico para ser presentado al público, creado en conjunto con los niños con escenas construidas a través de sus experiencias. Por ser un trabajo complejo, en mi proyecto yo hice la propuesta de mezclar niños de 7 a 11 años, pues así, el proceso acontecería en colaboración de los más grandes ayudando los más pequeños a comprender la abstracción de la imagen de la sombra. Trabajar con sombras es algo mucho complejo y exige que el sujeto conciba la imagen en dos dimensiones al mismo tiempo (horizontal y vertical), ese trabajo en danza es todavía más complejo, principalmente se la idea está en envolver todo el cuerpo y no solamente partes.
Los niños del Proyecto Chamaco, son niños que estudian el la única escuela primaria de Amanalco de Becerra y se hace por la alianza de La Granja Centro de Arte con dos maestras de la escuela, que ofrecen tiempo de sus clases oficiales para que los niños tengan clases con los artistas residentes en La Granja (todos los artistas residentes tienen que aplicar por lo menos una sesión con los niños del Proyecto Chamaco). Así, son niños que viven muchas experiencias artísticas, y están teniendo una construcción de personalidad mucho preciosa a través de la arte. Yo trabajé con los niños de la Maestra Guille, que contribuyó con el proceso de forma espectacular, esa mujer me sorprendió mucho por la manera como es comprometida con el acto de educar y como comprende la educación como algo que está más allá de los muros de la escuela.
Me quedé asombrada al saber que iba tener 6 días para hacer un trabajo que yo tenía planeado para un mes, ya sabia que iban a ser menos días, pero non tenía la idea que iban a ser solamente 6 días y solamente con niños de 8 anos. Entonces ice nuevamente todo el mío planeamiento, buscando crear un camino para que la experiencia fuese interesante para mi e para ellos, preservando parte de las ideas iniciales, sin tornar el trabajo solamente una montaje donde yo dese todas las ideas listas para los niños y ellos únicamente ejecutasen mis comandos.
En el primer día trabajamos con juegos de reconocimiento del espacio externo y también corporal, frente, espalda y lados, principalmente, pues sin esa conciencia iba ser imposible realizar cualquier cosa, sin embargo, pensé también que seria un teste para ver se yo realmente iba poder ariscarme en usar una semana para aplicar los ejercicios de reconocimiento del trabajo y en la otra juntar el material obtenido y hacer la construcción escénica. Repartí la clase en dos momentos uno de acaloramiento y reconocimiento del cuerpo, y otro de trabajo con las sombra. Los niños me sorprenderán mucho, pues estaban muy dispuestos, muy interesados, se encantaron con el trabajo y suportaron trabajar durante dos horas sin perder la atención, un verdadero récord para niños de 8 años. Tuvieron una tarea de caza, traer un objeto formado por la sombra del cuerpo, que traerán bellamente en la segunda clase.
En la según clase hicimos la misma dinámica: juegos de reconocimiento del cuerpo, más trabajo  con sombras al final. Les plateé la idea de trabajar con movimientos ligeramente codificados para reconocer cómo ellos observaban me, sin hacer correcciones posturales y simplemente intentando como concebían la construcción de imágenes observadas en su proprio cuerpo, pues así yo iba encontrar formas mas eficientes de proponerlos la generación de imágenes más interesantes. Entonces, yo les enseñé los movimientos, obviamente les done informaciones verbales sobre la ejecución del movimiento diciéndoles  donde partían, y me quedé a obsérvalos. Después me detuve en un movimiento más complejo, el de la “Garza” para ayudarlos a encontrar maneras más fáciles de observar el movimiento y de pensarlo en su proprio cuerpo. La ejecución de las tareas demostraba que la comprensión de las dimensiones del espacio utilizadas para producir sombra iba ser un poco más difícil de alcanzar, entonces comencé a preocuparme, pues era realmente un nivel de exigencia muy grande querer que los niños tuviesen una comprensión instantánea de algo tan complejo… Otra tarea de caza, representar las letras de sus nombres con sus cuerpos.
En el tercer día, llevé videos de trabajos de danzas en sombras y de trabajos de danza que mostraban otras formas de ver el movimiento danzado (una danza hecha de telas – pues, parte del trabajo se iba hacer a través de movimientos de objetos), para que yo pudiese les provocar la cuestión del espacio y otra forma de concepción de movimientos donde la danza se haría también en nuestros ojos, en la forma cómo vemos el movimiento. Repeti algunos ejercicios de la clase anterior cómo calentamiento, y ya partimos para el trabajo con la sombra, entonces  en el trabajo con las letras se clarificó  las nociones de espacio, así la idea ganaba espacio para ser trabajada y entonces podríamos tomar de ahí el producto que iba ser presentado.
Esa semana fue intensa, y me arriesgué dejando el trabajo más suelto para que los niños pudiesen experimentar su cuerpo, y tuviesen el placer de la descubierta del trabajo con la sombra, sin eso mi trabajo seria inútil. Fijé bien feliz con la fluencia de nuestras actividades, y más feliz todavía por tener logrado organizar las experiencias  de forma más objetiva (en lugar de ver los videos de  las telas mi idea eran llevarlos para observar las nubes y los diferentes movimientos que ellas hacen en su trayecto por el cielo, una danza lenta y bellísima) y ter obtenido una respuesta muy satisfactoria por parte de los niños. Me preocupó inicialmente el facto de tener tan poco tiempo, tenía miedo de que la rapidez del proceso resultase en la negligencia de la experiencia, afortunadamente eso no ocurrió.
Algunos de los videos utilizados:







quinta-feira, 31 de maio de 2012

Sem conclusão

Tudo quase acabando, muito a escrever, vontade da sair para ver as coisas... com o computador a gente resolve depois... muita reflexão nenhuma conclusão... só nos restam as canções...

Canción Con Todos
Mercedes Sosa


Salgo a caminar
Por la cintura cósmica del sur
Piso en la región
Más vegetal del tiempo y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de América en mi piel
Y anda en mi sangre un río
Que libera en mi voz
Su caudal.

Sol de alto Perú
Rostro Bolivia, estaño y soledad
Un verde Brasil besa a mi Chile
Cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña América y total
Pura raíz de un grito
Destinado a crecer
Y a estallar.

Todas las voces, todas
Todas las manos, todas
Toda la sangre puede
Ser canción en el viento.

¡Canta conmigo, canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz!












terça-feira, 22 de maio de 2012


Fazer arte como forma de expansão do olhar


O Projeto Chamaco (este pelo qual vim a trabalhar com as crianças) é semelhante em muitos aspectos com alguns dos projetos onde já trabalhei, no entanto há a significativa diferença em relação ao público atendido. As crianças deste Pueblo de 1044 habitantes ainda têm características de curiosidade, encantamento e descoberta que em um grau mais elevado já foi perdida pelas crianças dos grandes centros urbanos.
No entanto, vivem em um universo muito pequeno e também em certa medida num círculo vicioso, e o projeto Chamaco segundo Mario Villa e Gabriella Medina está nessa comunidade como uma ferramenta de expansão do universo dessas crianças, que sim possuem um universo interior riquíssimo, mas que em certa medida não contam com muitas possibilidades de escolha para o seu futuro, assim a arte entra como meio de exercitar a imaginação para se encontrar novos meios de sobrevivência, novas formas de existir. Grande parte dessas crianças trabalha para ajudar suas famílias na dura tarefa de prover o pão de cada dia, todavia não deixaram de ser crianças, a arte é colocada aqui como um meio de expandir esse universo para que se consiga enxergar a possibilidade de uma existência mais suave.
Esse projeto acontece por meio de duas professoras da única escola primária do Pueblo que consideram importante as diversas experiências vividas pelas crianças, são gente realmente comprometida com o ato de educar. É muito interessante ver a maestra Guille (professora da turma com quem trabalhei) instigando seus pequenos a pensar, e pensar num sentido mais complexo como o que coloca Bondía: instigando-os a dar sentido ao que lhes acontecia, ao que estavam sendo no momento em que fazíamos as atividades.
Assim, penso que as atividades que realizamos foram muito importantes para a formação dessas crianças de 8 anos, que jamais teriam acesso a atividades complexas como as que fizemos.
E que apesar de haver muitos pontos positivos neste lugar, a população forma juntamente com uma série de “pueblos” espalhados pelo mundo à base dessa organização social nefasta na qual vivemos e que cedo ou tarde vai tirar a alma dessas crianças...
*Referências: Jorge Larrosa Bondía, artigo: Notas sobre a experiência e o saber da experiência, disponível em: http://www.anped.org.br/rbe/rbedigital/RBDE19/RBDE19_04_JORGE_LARROSA_BONDIA.pdf

domingo, 20 de maio de 2012


REFLEXÕES SOBRE NECESSIDADE DE TÉCNICA CORPORAL...

Passei dias trabalhando ininterruptamente, estou num estado de cansaço intenso, até aqui milhares de questionamentos me ocuparam a mente, muitos mesmo...

O que fazer quando percebemos que já demos tudo fisicamente e ainda falta algo de precisão, de limpeza, que por mais que se tenha boa presença cênica e um trabalho baseado em coisas que te fazem sentido, o trabalho se vê incompleto. Te falta fôlego, te falta força, te falta controle do próprio corpo, para realizar sua idéia da forma mais perfeita possível... Pensei algumas coisas durante a viagem e era apenas a intuição de algo que agora sinto na prática, no corpo que é pensamento, mas é corpo e chega a um limite que grita: "necessito mais treino para realizar isso"... enfim, aí estão as idéias:

Voar, mover-se, mudar

Mudar cansa, dá trabalho, exige que paremos para fazer uma seleção entre os acúmulos: o que me serve, o que não me serve, o que segue comigo, o que eu abandono...

Porém, mudar é movimento e para mover-se necessitas estar preparado, e mais, antes disso tem o tempo de preparo, assim como o longo percurso que o avião faz para decolar. Voar, mudar bruscamente de lugar também coloca a gente diante do risco constante e de outras realidades, é necessário preparo, coragem, há o estresse da mudança, do vôo, do movimento... para estar em um lugar diferente, onde não se domina a língua, as regras, nada. Onde você não se parece com a maioria das pessoas.

Em dança para mim se passa o mesmo, cada dança é um lugar estrangeiro difícil de chegar,  que tem  a necessidade de preparo, de busca, de  aprender a se comunicar de outro jeito, de se encontrar caminhos...

Pois para mover (que para mim significa mudar ou voar) ou seja, em termos de física, fazer esforço... é necessário querer se mover de outro modo, entrar em contato com seus limites, tirar as coisas que já não lhe servem e buscar mais...

Neste momento, para mim mover e mudar são as mesmas palavras... e é dentro disso que está a possibilidade de criação... ou, como me disse hoje meu amigo Cléber Borges:

“...o corpo leva muito tempo para se libertar e se tornar criativo, ele precisa aprender os caminhos "ocultos",  é nesses caminhos que encontramos a "liga" com a arte!”









quinta-feira, 17 de maio de 2012

Tempo, tempo, tempo... que escorre por entre os dedos...

Gente, a coisa aqui tá corrida!!! A internet está um tanto quanto falha, entao fica difícil fazer os registros, creio que chagando a D.F. terei melhores condições de postar os acontecimentos deste processo... algumas inspirações de trabalho... e algumas fotos da primeira mostra...


A Carlos Drummond de Andrade

João Cabral de Melo Neto


Não há guarda-chuva
contra o poema
subindo de regiões onde tudo é surpresa
como uma flor mesmo num canteiro.


Não há guarda-chuva
contra o amor
que mastiga e cospe como qualquer boca,
que tritura como um desastre.


Não há guarda-chuva
contra o tédio:
o tédio das quatro paredes, das quatro
estações, dos quatro pontos cardeais.


Não há guarda-chuva
contra o mundo
cada dia devorado nos jornais
sob as espécies de papel e tinta.


Não há guarda-chuva
contra o tempo,
rio fluindo sob a casa, correnteza
carregando os dias, os cabelos.



Texto extraído do livro "João Cabral de Melo Neto - Obra completa", Editora Nova Aguilar - Rio de Janeiro, 1994, pág. 79.




Corre Lola Corre (mais Ojos de Brujo!)
Historias de perdedores
siempre ha habido y siempre habrá
historias de almas gemelas
valientes ante el azar.

Historias de perdedoras
siempre ha habido y siempre habrá
historias de almas que vuelan
de esta cruda realidad.

Corre Lola corre
Corre alto y vuela
Lejos de estas calles
Donde reparten miseria

Corre Lola corre
Corre alto y vuela
Lejos de este infierno
que te va a llevar a la trena

¡¡¡Corre Lola corre!!!

Deambulando por la calle
sin nada en los bolsillos
nada que ganar todo que perder
sabiendo que te has ido
que espero yo de un mundo
donde vales lo que tienes
y yo no tengo ná de ná

Desesperá por la calle
buscando una salida
donde poder escapar
miradas por las esquinas
mientras lucen aparentes
mente en blanco y solamente
tú buscando un trago más

Y ésta es la vida que dice,
La vide que empuja, empuja
Y ésta es la vida que dice,
La vide que empuja, empuja
Y ésta es la vida que dice,
La vide que empuja, empuja
Y ésta es la vida que empuja
Empuja, empuja, empuja

Yo no tengo más
ay! que este corazón
Guardo la distancio
ay! entre tú y yo
Ni pena ni gloria
Si esto es una noria
Cariño sincero
Añejo sabe mejor

Ya no quiero ná más ná
que yo ya lo tengo tó
Guardo tu recuerdo
Tengo tu calor
Ni pena ni gloria
Si esto es una noria
Corre Lola libre
así es como te quiero yo.

Es la vida la que empuja y la que aprieta
quien conoce el camino de vuelta
Es la vida la que empuja y la que aprieta.

Historias de perdedores
siempre ha habido y siempre habrá
historias de almas gemelas
valientes ante el azar.

Historias de perdedoras
siempre ha habido y siempre habrá
historias de almas que vuelan
de esta cruda realidad.

Corre Lola corre
Corre alto y vuela
Lejos de estas calles
Donde reparten miseria

Corre Lola corre
Corre alto y vuela
Lejos de este infierno
que te va a llevar a la trena

¡¡¡Corre Lola corre!!!

Deambulando por la calle
sin nada en los bolsillos
nada que ganar todo que perder
sabiendo que te has ido
que espero yo de un mundo
donde vales lo que tienes
y yo no tengo ná de ná

Desesperá por la calle
buscando una salida
donde poder escapar
miradas por las esquinas
mientras lucen aparentes
mente en blanco y solamente
tú buscando un trago más

Y ésta es la vida que dice,
La vide que empuja, empuja
Y ésta es la vida que dice,
La vide que empuja, empuja
Y ésta es la vida que dice,
La vide que empuja, empuja
Y ésta es la vida que empuja
Empuja, empuja, empuja

Yo no tengo más
ay! que este corazón
Guardo la distancio
ay! entre tú y yo
Ni pena ni gloria
Si esto es una noria
Cariño sincero
Añejo sabe mejor

Ya no quiero ná más ná
que yo ya lo tengo tó
Guardo tu recuerdo
Tengo tu calor
Ni pena ni gloria
Si esto es una noria
Corre Lola libre
así es como te quiero yo.

Es la vida la que empuja y la que aprieta
quien conoce el camino de vuelta
Es la vida la que empuja y la que aprieta.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Y los niños....





 
Até o momento  não consegui juntar palavras que sejam capaz de descrever essa experiência... então por enquanto, ficam as imagens...

Mais refexões sobre a fronteira



Parece contraditório alguém que estudou sobre a identidade e todo esse engodo da noção de  pátria, evocar a idéia de fronteira relacionada a arte...

No entanto, a idéia que coloco aqui para compartilhar meu trabalho é a idéia de fronteira como limite entre eu e o outro.

Pensar a fronteira para mim é algo muito forte nesse momento, pois é na fronteira que você deixa de ser mais uma na multidão e passa a ser o diferente percebido a todos instantes. É na fronteira que você começa a ver os limites do seu entendimento, por mais que saibas a língua, você não é do lugar, e é impossível compreender os costumes, os códigos, os comportamentos... e então se chega a conclusão de que o estrangeiro será sempre estrangeiro, pode assimilar muito bem o que se passa, mas nunca vai fazer parte desse todo. A fronteira é o lugar onde algumas leis que você conhece são válidas e outras deixam de existir, onde você começa a lidar com novas leis, é também o principal lugar de infração das leis de ambos os lados...

Como disse um professor meu uma vez: a pele é a fronteira entre eu e o mundo, é o que determina o que não sou... onde termina eu e começa todo o resto do mundo...

É também na fronteira que acontece o encontro entre as curiosidades minha sobre o outro que é diferente para mim e vice-versa, e nesse momento nós dois temos que expandir “nossas fronteiras” para  nos fazermos entender um para o outro e tornar possível o compartilhamento de algo, logo é na fronteira que encontro o outro em mim e por um momento formamos uma unidade. Ou seja, na fronteira mora as contraditoriedades, as possibilidades de diversidade e unidade, e uma vez atravessada a fronteira não se pode voltar a ver as coisas como se via antes, atravessar a fronteira é mergulhar no desconhecido... é sair da suposição e entrar na experiência...

 Quando se fala de dança essa idéia se expande para o olhar, creio que estou buscando a dança da fronteira, que não é feita só do meu olhar, mas é feita também do olhar do outro.  Nesse entendimento criar torna-se um ato quase sagrado e a criação de fato só acontece no momento de encontro com o outro, antes disso tudo está no campo da possibilidade...

Assim, movida por essas reflexões é que tenho construído meu trabalho cênico, o trabalho com as crianças, este blog...