(texto con traducción para el castellano)
Autora:
Rose Mara Silva[1]
Estou
postando os textos há um tempo, e creio que em alguns momentos não seja claro
que atividades exatamente desenvolvi nesse processo de residência. Então vamos
lá! Fiz parte do Programa de Apoyo a la Investigación y Educación Artistica con
Niñ@s, no qual trabalhei dança e criação com as crianças da Turma da Professora
Guille criando uma obra cênica em conjunto com essas crianças, e paralelamente
fiz parte do Programa Cuerpos en Residencia no qual desenvolvi meu trabalho
artístico individual intitulado Eros e Ananke, ou seja, estive envolvida em
dois processos criativos ao mesmo tempo.
Desenvolver
estes dois processos ao mesmo tempo foi um pouco difícil e pode parecer ter
sido uma prática contraditória, mas não foi. Trata-se de uma experiência muito
rica para quem atua na área de arte-educação e criação paralelamente,
característica de muitos artistas da dança no Brasil. No Brasil a minha
titulação de graduação não é de arte-educadora da dança, mas de
interprete-criadora em dança, no entanto, essa separação do título só é
evidente na legislação brasileira, e quando se vai para outros lugares o que
vale é a prática educativa. Eu tenho trabalhado com arte-educação em dança
desde 2005, tempo que estagiava na Escola Livre de Dança de Santo André, ali
iniciei minha trajetória, e desde então fui buscando, investigando, aprendendo
e aprimorando meus conhecimentos através da prática, ou seja, durante todo esse
tempo desenvolvi uma experiência reflexiva (sim, porque a experiência necessita
ser validada através da reflexão para tornar-se fonte de conhecimento), e
através da mesma uma habilidade, uma solidez de prática educativa, que a
titulação da Licenciatura não me daria em quatro anos divididos em algumas
matérias pelo curso.
Eros
e Ananke é um trabalho que foi construído tendo como base o que eu vivi dando
aulas nas periferias de Curitiba, a convivência com meus alunos me trouxeram as
inquietações motivadoras desse processo de criação. E quando neste projeto do
qual participei aqui em Amanalco me propus a criar uma obra artística em
conjunto com os alunos, creio que busquei a síntese dessa reflexão iniciada lá
nas aulas dadas em Curitiba, nesse processo integrei as duas atividades a
educativa e a criativa.
Construir
um trabalho artístico com as crianças foi parte fundamental do meu projeto,
pensei muito quando coloquei essa proposta, pois vivemos em tempos de uma certa
obsessão com o “processo” principalmente em arte-educação. No entanto, faz
algum tempo que venho pensando sobre as construções como parte do processo
educativo, tanto para as crianças e adolescentes com quem tenho trabalhado,
quanto em meu próprio caminho de formação profissional na graduação em Dança.
Tal afirmação
encontra base reflexiva nas idéias presentes num artigo de Olgária Matos que
alia o conceito de ‘construção e criação ’ ligado a idéia de ‘ser’ presente em Heidegger:
Na senda grega, Heidegger,
em Construir, habitar, pensar, mostra como a linguagem guardou parte do sentido
de pertencer e enraizar-se: o verbo bauen – “construir” – significou, em sua
forma no antigo alemão (beo), habitar, sendo da mesma família de bin (sou): “O
que significa, pois, ich bin? A antiga palavra à qual se vincula bin, responde:
‘eu sou’, quer dizer ‘eu habito’” (Heidegger, 1958, p. 173). (apud, Matos,
2008, p. 75)
Assim,
concordando com Matos a idéia de construir está intimamente ligada a idéia de
ser. Em outro ponto do texto coloca:
Paul Valéry, em Eupalinos ou
o arquiteto, encena, à maneira de Platão, um diálogo entre Sócrates e Fedro,
dizendo ser o construir o mais completo de todos os atos, pois exige amor,
meditação, obediência ao mais belo pensamento, “invenções de leis pela própria
alma”. Eupalinos, em um passado distante, ensinara-o a Fedro, ao indicar como a
construção se impregna de experiência pessoal e emoções [...] Esta reflexão
oferece a unidade entre construção, religião, filosofia e vida. (Matos, 2008, p. 75)
Neste
sentido minha prática concorda com a idéia de que a criação compõe o processo
educativo, tanto no sentido mais estrito escolar, quanto no num sentido mais
amplo como o de pensar a educação como desenvolvimento humano. Assim, propor a
construção de um trabalho artístico a partir de um processo de investigação de
linguagem, nos coloca ante as idéias de processos educativos e criativos de
forma mais profunda, como algo que constrói a estrutura do ser humano. Logo,
vivenciar a construção e apresentação de um trabalho artístico é parte também
muito importante do processo educativo/formativo pois coloca o sujeito ante o
exercício máximo de suas potencialidades criativas, e da noção de que ao
construir algo o ser humano se constrói, ou seja, se constrói em ação, em
movimento.
Certamente
essa atividade não poder ser opressiva, há que se buscar idéia de trabalhar com
responsabilidade não com peso, principalmente com as crianças. O que faz uma
grande diferença é que muitas vezes esses processos de construir acabam sendo
muito opressivos e vistos como o mais importante, no entanto, há que se pensar
a criação como uma parte reflexa do que se vivenciou, e que é tão importante
quanto todo o processo.
Sendo
assim, tanto o meu trabalho criativo solo Eros e Ananke, quanto o trabalho
Sueño desenvolvido com as crianças de Amanalco, foram fundamentados no conceito
de criação como parte da construção do ser, nesse ponto minha prática de
artista criadora e de arte-educadora se encontram, se complementam e se
fortalecem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
MATOS,
O. C. F. Ethos e amizade: a morada do
homem. São Paulo: 2008. Disponível em:
<http://pepsic.bvsalud.org/pdf/ide/v31n46/v31n46a13.pdf>
[1]
Bailarina e arte-educadora brasileira, graduada em Dança pela Universidade de
Artes do Paraná – UNESPAR.
EDUCACIÓN Y CREACIÓN - PROCESOS INTEGRADOS
Resumen: Este artículo es un relato reflexivo de mi experiencia en el Programa de Apoyo a la Investigación y
Educación Artística con Niñ@ s, en el que la
danza y la creación trabajado con
los alumnos de la Maestra Guille en la Escuela Primaria de Amanalco de Becerra,
la creación de un trabajo escénico
junto con estos niños, y en paralelo, la experiencia en el Programa Cuerpos
en Residencia donde desarrollé mi
obra creativa intitulada Eros y Ananké, es decir, este
texto es una síntesis en la que
se reúnen los dos procesos desarrollados.
...
El desarrollo de estos dos procesos al mismo tiempo fue un poco difícil y puede parecer que ha sido una práctica
contradictoria, pero al hacer una
análisis más profunda del camino trillado podemos llegar a otra conclusión.
Esta es una experiencia muy rica
para aquellos que trabajan en el campo
de la educación artística y la creación
paralelamente, característica de muchos artistas de danza en Brasil.
En Brasil mi titulación de graduación
no es de arte-educadora en danza,
soy intitulada interprete creativa en danza, sin
embargo, esta separación es sólo
evidente en la legislación brasileña, y cuando vas a otros lugares lo que se hace evidente es la práctica educativa. He
trabajado con la educación artística en danza desde el año 2005, el tiempo
en que fui de aprendiz en la Escuela Libre Danza de Santo André, allí comenzó mi carrera, y desde entonces yo estuve buscando,
investigando, aprendiendo y perfeccionando mis habilidades a través de la práctica, es decir, durante todo este tiempo he desarrollado una experiencia reflexiva (sí, ya que la experiencia necesita ser validada a través de la reflexión para convertirse en una fuente
de conocimiento), y a través de ella una habilidad, una práctica educativa solida,
la cual la titulación que llamamos ‘licenciatura’ en Brasil no
me daría en cuatro
años dividido por el curso en
algunos temas.
Eros y Ananké
es un trabajo que se construyó sobre la base de las experiencias que he
vivido dando clases de danza en la periferia de Curitiba (Paraná – Brasil),
la convivencia con mis alumnos me he
traedo las preocupaciones que
motivaran su proceso de creación. Y cuando en esto
proyecto en que he participado en
Amanalcoí, me propuse crear una obra de arte junto
con los alumnos, creo que he intentado
la síntesis de las discusiones iniciadas allí en las clases
enseñadas en Curitiba, buscando
un proceso que integrase tanto
las actividades educativas cuantos
las actividades creativas.
Crear una obra de arte con los niños era parte fundamental de mi proyecto, he pensado
mucho cuando idealicé esta propuesta porque
vivimos en tiempos de una cierta
obsesión con "el proceso" sobre todo en la educación artística. Sin embargo,
desde hace algún tiempo he estado pensando en la creación como parte del proceso educativo,
tanto para niños y adolescentes con
los que he trabajado, como en mi propia
trayectoria de formación del grado en danza.
Esta afirmación se basa en
las ideas presentadas en un artículo de Olgária Matos que combina el concepto de "construcción
y creación" con la idea de "ser" en Heidegger:
En la senda griega, Heidegger, en
Construir, habitar, pensar, muestra cómo
el lenguaje mantiene parte del
sentido de pertenencia y raíces:
el verbo bauen – “construir” - significó, en su forma antigua en
Alemán (beo), habitar, vivir, estando en la misma
familia de bin (soy). "¿Qué significa, entonces, ich bin?
La palabra antigua que une bin, contesta:
“yo soy”, es decir “Yo habito”. (Heidegger, 1958, p. 173).
(Apud, Matos, 2008,
p. 75)
Así, de acuerdo con Matos, la idea de construir se encuentra estrechamente ligada a la idea del ser. En
otro punto del texto:
Paul Valéry, en Eupalinos o el
arquitecto, organizado a la manera de Platón, el diálogo entre Sócrates y Fedro, que dice ser la
construcción el más completo de todos
los actos, pues requiere el amor, la meditación, la obediencia a la idea
más bonita, "invenciones de leyes
para su propia alma”. Eupalinos, en un pasado distante, le
enseñó a Fedro, al
indicar cómo la construcción está
impregnada de la experiencia personal
y las emociones [...] Esta reflexión proporciona la unidad entre la construcción, la religión, la filosofía y la vida. (Matos,
2008, p. 75)
En este sentido, mi
práctica concuerda con la idea de que la creación compone el proceso educativo, tanto en un sentido más
estricto escolar, cuanto en un sentido más amplio, como el de pensar la educación
como el desarrollo humano.
Por lo tanto, proponer la construcción
de una obra de arte a partir de
una investigación del lenguaje
artístico, nos pone frente a las
ideas de los procesos creativos y
educativos más profundamente, como
caminos que construyen la estructura
del ser humano.
Así, la experiencia de la
construcción y la presentación de una obra artística es también parte muy importante del proceso educativo / formativo,
pues pone a la persona ante el ejercicio máximo su potencial creativo,
y ante a la idea de que para construir
algo el ser humanos se construye, o es decir, que construye en la acción, en el movimiento, en la transformación de si mismo.
Ciertamente, esta actividad no puede ser opresiva, debemos buscar la idea de trabajar de manera responsable,
sin peso, especialmente con los niños.
Lo que hace una gran diferencia, es
que muchas veces estos procesos construcción
terminan siendo como muy opresivo y visto como lo más importante el
producto final, sin embargo, debemos considerar la
creación como parte del reflejo
que de la experiencia que se vive, y que es tan importante cuanto todo el proceso.
Así que tanto mi trabajo creativo Eros y Ananké, cuanto el trabajo desarrollado Sueño
con los niños Amanalco, se
basaban en el concepto de la creación
como parte de la construcción del ser, en este punto de mis prácticas
creativa y educativa en arte, son complementares y
se fortalecen cómo procesos integrados.
REFERENCIAS:
MATOS,
O. C. F. Ethos e amizade: a morada do
homem. São Paulo: 2008. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/pdf/ide/v31n46/v31n46a13.pdf>
[1] Bailarina y arte-educadora, con
grado en danza por la Universidad de Artes del Paraná – Unespar (Brasil).
Artista residente en La Granja Centro de Arte en 2012.